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Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Hoje quero morrer!

Hoje quero morrer, quero apagar-me para sempre, quero mergulhar na profunda loucura que é a morte deste corpo podre, podre de pecados! Quero morrer e deixar de sentir que algum dia fui livre para te ter e mesmo assim, perdi-te! Hoje não quero acordar! Não quero voltar a sentir o sol chegar e aquecer-me o corpo ainda de olhos fechados na cama sonhando contigo, na cama que podia ser de nós os dois. Quero esquecer que estou vivo, quero não lembrar-me que não te tenho, não consigo viver com essas escolha, a escolha de te ter deixado a algum tempo atrás por coisas estupidas, que importa agora? Fizeste a tua vida e eu não paro de me lembrar de ti, eu não paro de sonhar contigo, não consigo parar de imaginar como serias belas na minha cama quando o sol chegasse pela manhã aquecendo os nossos corpos cobertos de amor, cobertos da mais bela melodia da vida, o amor que sentimos até do outro lado do mundo. Hoje não quero viver, talvez amanhã quando acordar, talvez queiras, mas hoje sei que não quero viver sem ti, sem te beijar, sem te segurar a mão, sem te abraçar em segredo, sem te dizer o quanto gosto de ti, sem poder ouvir o teu coração bater junto do meu ouvido! Hoje não quero viver, quero morrer por todas as loucuras que fizemos em nome do nosso amor, quero morrer porque o tempo passa e ninguém consegue assegurar-me que esta dor vai passar um dia, então hoje deixo-me morrer esta noite para amanhã acordar e talvez tudo mude e te tenha de novo na sinfonia do meu despertar para a vida, a vida que tenho vontade de viver, ao lado de ti!

António Vieira Da Silva

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Juro que nunca te vou esquecer!

Nunca vou esquecer o olhar daquele rosto quebrado já pela nascença, talvez no lugar errado a uma hora incerta e prematura.
Nunca vou esquecer o silêncio enternecedor daquele rosto à minha chegada a este país tão cheio de tudo mas no fim cheio de nada, Índia.
Juro, juro que não posso deixar em branco esta memória que me invade, que me tormenta a cada vez que penso naquele sorriso escondido, aquele sorriso que está neste momento perdido pelas ruas de Deli.
Agora, enquanto escrevo, uma lágrima chega sem avisar, uma lágrima que carrega não uma tristeza mas uma dor fininha que me estremece sempre que penso naquele rosto.
Onde estás?
Entre as ruas da dor? Entre as tuas lágrimas escondidas pela sujidade do teu corpo? Onde estás tu rapazinho do rosto que nunca irei esquecer?
Estou para aqui a pensar no que andas a fazer e não me ocorre nada mais para além de esconderes o teu sorriso do mundo.
Mas onde estás?
Deixa-me ficar no teu lugar, vai para o outro lado do mundo e deixa-me aqui no teu lugar. Garante-me apenas que em algum dia vou lembrar-me de ti e não me vou sentir pequeno como me sinto agora.
Juro que nunca vou esquecer o teu olhar desviado dos meus olhos e eu impotente, preso no trânsito,sem poder fazer nada, sem te poder ajudar, sem poder trocar o meu sorriso pela tua tristeza!
Juro que nunca vou esquecer-te!

 

António Vieira Da Silva

 

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Não tenho nada

Nada é pouco quando tenho tudo perto de mim e mesmo assim sinto que não tenho nada, sinto que não posso ter, sinto que nada posso sentir mesmo quando é nada e tudo eu quero sentir.

Nada é pouco quando te vejo porque como por magia, tu transformas tudo, tu vens com esse teu andar de uma nota qualquer musical que me enche de uma melodia embriagada, uma melodia que me descobre e que me faz querer descobrir-te cada vez mais! Tenho tudo perto de mim e mesmo assim sinto que tenho nada, como será isso possível?
Nesta varanda, falta-me tudo, falta-me um pouco de amor, falta-me o teu sorriso, falta-me as tuas mãos no meu corpo, falta o prazer da vida em nós, falta-me um abraço teu, um abraço que é tudo quando não se pode ter mais nada, e eu quero-te, desejo-te não de agora mas desde que o teu encanto de princesa despertou em mim a mais doce sensação de amor, aquela fininha melancolia que se pode chamar de amor. Que mais importa? Agora mesmo estás deitada no sofá e eu sinto-me como se fosse nada porque não tenho nada, não sou nada nem nunca serei nada ao pé de ti, isso não magoa, quer dizer, por vezes magoa mas agente faz de conta que não, pouco importa.
Apesar de estares aqui, não posso sentir nada mais do que nada, se ao menos a musica que ouço no meu coração conseguisse chegar perto de ti!
Enquanto escrevo, penso em ti, desejo-te como nunca desejei e quero te como nunca quis ninguém. Isto deixa-me confuso e angustiado porque sempre que te toco, sempre que toco em ti, apetece-me chorar, não de tristeza, mas sim porque o teu toque enche o meu coração e inspirar-me com a delicadeza do teu amor que bem vejo no teu olhar, um olhar cheio de amor mas que ao mesmo tempo não diz nada, apetece-me chorar porque mesmo desejando-te como nunca desejei ninguém, eu continuo a ser nada, pelo menos nada para ti..
Eu sou nada...

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