Quando escrevo, escrevo para ti!
Em ti nasce um regaço, um encanto, uma melodia, uma quimera, uma esperança no horizonte, em ti nasce uma nascente de amor, em ti transborda a palavra paixão e nos teus olhos eu vejo, eu bem vejo aquele olhar gordo de desejo, aquele olhar sedente de loucura, aquele olhar que me chama, o olhar que me transcende aos céus num piscar de olhos!
Bem vejo em ti!
Bem vês em mim o quê? - perguntas num tom quase inaudível!
Bem vejo em ti o que não vejo em mim, bem vejo em ti aquilo que sonhei ter e nunca tive. Bem vejo em ti todas as cores da vida e num ápice bem vejo em ti aquilo que sinto por mim! Bem vejo em ti a mais bela esperança de amor, bem vejo em ti, bem me vejo em ti!
E agora? Agora são quatro mãos que dançam, são quatro mãos que em segredo se encontram e que se desfazem em pequenos pedaços de amor, em pequenos pedaços de desejo e prazer, são quatro pequenas mãos que se embrulham e que juram amar-se num infinito que se chama eternidade.
Quanto de mim queria saudar o mais alto padrão da loucura, quanto de mim amaria a loucura feroz deste amor que teima em ficar calado em noites como esta em que escrevo, escrevo, escrevo e no fundo não sei escrever o quanto eu realmente aprecio o teu sorriso, aprecio a tua forma estranhamente doce de andar, o quanto aprecio os teus lábios beijar! Eu aqui, sentado com meia dúzia de pensamento na mão e única coisa que consigo lembrar-me neste momento é que te amo e é contigo que quero ficar!