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Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Quem Nunca Sentiu Esta Fininha Melancolia?

Quem nunca sentiu o que eu sinto neste momento?
Uma mão cheia de vida outra cheia de nada, um sonho acordado e outro pesadelo quando estou a dormir, uma âncora que salva e outra que afunda, quem nunca sentiu lá de cima e incapacidade de perceber o que somos e o que queremos?
Sei lá, indesejado, pergunto-me coisas estúpidas, pergunto-me sem cansar, sem esconder a curiosidade de todas as coisas que quero descobrir e volta e meia, descubro algumas delas, outras o tempo faz-me querer esquecer. Pouco importa.
Viajo pela vida numa imensidão de loucura e intensidade que não consigo explicar, na verdade, não interessa explicar isso agora, porque o mais importante é falar da viagem que me salva, a viagem que me faz lembrar, e que me estende para além do mar, mais além de todos os pensamentos, os que podemos ter, a viagem de te ter sem te conhecer.
Não existem acasos na vida, mas e se houver? Como posso falar do teu acaso sem que isto apenas pareça um golpe de sorte ou uma mera coincidência? Como posso eu falar disto sem que seja banal e que me faça sentir um tolo mais lá para a frente?
Sabes de mim? Eu sei de ti... Sei mais que os teus olhos ao vivo, sei mais que o numero de sapato que calças, sei mais que o batom que usas, ou não, sei mais do que qualquer mala tua, sei a linguagem da viagem, sei percorrer-te sem nunca te ter conhecido, sei cada traço teu mais profundo sem nunca te tocar, sei o perfume forte das viagens o perfume que conheces tão bem, sei bem a brisa diferente daquela que sentimos aqui, sei dos sabores, sei tão bem os teus sabores, os sabores de viajar, sei de ti, sei muito mais do que um corpo presente, sei de ti como sei de mim porque os dois somos como uma viagem!
Estou para aqui a escrever sem saber se vais compreender o que escrevo, talvez nem consigas compreender uma entrelinha daquilo que escrevo mas eu percebo e tal como viajar, isto é a marca como te conheci, a marca que marca na marca do tempo quando alguém que não conhecemos e mesmo assim tem a capacidade de nos marcar nesta longa viagem, a vida, a vida de te conhecer!
 
Quem nunca sentiu esta fininha melancolia?
 
António Vieira Da Silva
 

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