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Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

A Ìndia Que Nunca Irei Esquecer!

Quando fecho os olhos e penso na viagem que fiz pela Índia, em 2015, é inevitável que pense em algumas coisas que por lá vi e vivi, coisas que nunca pensei existirem, coisas que me marcaram e que tenho a certeza que nunca irei esquecer.

Nunca vou esquecer algumas paisagens, nunca vou esquecer algumas pessoas, o olhar desesperado de um silêncio que apenas vinha na minha direcção no meio de um transito caótico, nunca vou esquecer as buzinas a toda a hora, mesmo a largas horas da madrugada, nunca vou esquecer a grandiosidade dos templos que contam historias, os templos que em cada pedra está o sangue e o suor de quem os fez, nunca vou esquecer quando na Índia me senti em casa, em Goa, aquela sensação de aquele lugar de alguma forma te pertence, aquela sensação de que já lá estiveste só não te recordas bem desses momentos, nunca vou esquecer as pessoas de Goa, a dona Filomena que o português sabia de cor e as histórias que nos contou, sobre os tempos em que Goa ainda era uma colónia Portuguesa.

Nunca vou esquecer o dia em que os meus olhos fotografaram o que nenhuma máquina conseguiria fotografar, os olhos que choravam pelas ruas de Nova Deli, os olhares perdidos pelo universo esquecido, o universo daquelas índias, daquelas ruas, o universo que existe em cada criança que por lá caminham na esperança de um futuro sem nada, um futuro vazio, nunca vou esquecer quem me olhou e nos meus olhos chorou, nos meus olhos, pediu um pouco de mim, nos meus olhos falou de sonhos, sonhos estes que nunca lhes vou conseguir realizar. A minha alma chora... E por enquanto fica a certeza que a Índia é grande, mas a Índia é minha...

 

António Vieira Da Silva

 

Taj Mahal

 Taj Mahal, 2015