Eu E As Minhas Ilhas, Açores!
Lá longe o descanso eterno de uma onda
Onde brilha ao rebentar,
Salta de um lado para o outro este mar salgado
Que me finta, que me esconde ao luar,
Dorme um sono infinito, esta beleza
Que me desperta pelo cheiro da brisa,
Onde paras tu? Onde estás?
Minha Ilha poetisa!
Lá longe o descanso que eu desperto
Na profundidade de um vulcão,
Faz-me deixar sem saber o que é certo
Faz-me esquecer que preciso da tua mão!
Minha terra pequenina
Meu paraíso das mil e uma cores,
Deixa-me sentir esta fininha melancolia
Ao ver o teu jardim cheio de flores!
Estende-me a mão
Olha o oceano através dos meus olhos,
Açores que te levo no coração
Enquanto acredito que a vida são meros sonhos!
Lá longe, na despedida solto uma lágrima,
Mas onde páras tu? Onde te posso encontrar?
Tenho saudade das minhas Ilhas
Tenho saudades de lhes segredar!
Saudades de um tempo em que a minha inocência
Era flor sem fim de um novo nascer,
E tudo o que era torvante
Hoje é nada comparado com as ilhas que existem, no meu Ser!
