Hoje sinto-me tão pequeno...
Hoje sinto-me tão pequeno quando olho para a tua foto e tu não estás do meu lado para voltar a sentir a tua mão no calor dos sentimentos que despertamos os dois numa dança simples que quase se transformou no mais doce abraço. Enquanto os nossos corpos deslizavam lentamente sem que nos apercebêssemos, na minha mente percorria o sentimento de te querer abraçar, de te querer abraçar pela noite fora até o sol nascer.
Não sei onde fui buscar este amor que despertaste em mim, não sabia que tinha assim tanto amor para dar a alguém. Hoje preciso que me digas alguma coisa para não me sentir tão pequeno, para não me sentir como se mais nada importasse na vida, para não andar pelas ruas perdido em busca de ti, em busca do mesmo sentimento que senti quando te peguei na mão. Juro-te que não posso suportar pensar em segurar outra mão para além da tua, juro-te que não posso segurar outra mão em vez da tua pois o que sinto mais ninguém me pode dar para além de ti.
Diz alguma coisa, não deixes a felicidade passar por ti mas antes passa directamente pela felicidade, a felicidade precisa de ver o teu sorriso brilhar, precisa de te sentir brilhar mais que o sol, a felicidade precisa que tu sejas apenas tu no teu íntimo e no aconchego dos meus braços.
Diz-me alguma coisa porque eu não me quero esquecer de ti, eu não me posso esquecer de ti, eu não posso querer apagar a felicidade que sinto cada vez que o meu pensamento és tu...
Hoje e todos os dias, sinto-me tão pequeno quando não estou contigo.
António Vieira Da Silva
