Não consigo voar, sozinho...
Breves momentos, o silêncio segreda-me e os segredos passam a ser meros fantasmas.
Breves momentos e o silêncio é um sinfonia que não mede aquilo que sente e o tempo passa em cada segundo e eu queria voar, eu apenas queria voar, sei que não era bem isto que queria dizer mas que importa?
Eu queria voar e estou sentado, preso nesta cadeira de plástico que suporta o meu peso, a mesma cadeira de plástico que me suportava quando era criança de mocidade, mas que importa?
Não consigo voar para além dos meus sonhos, não consigo voar para além dos meus pensamentos, não consigo voar daqui até ai para te dar um beijinho, não consigo voar para olhar para ti e apenas sorrir!
Não consigo voar! Mas é que as vezes dá-me assim uma dorzinha, como uma fininha melancolia que se entranha e me prende ao nada que sinto só de pensar que não consigo voar!
Pouco importa, daqui a pouco adormeço e já nem me lembro que queria voar, ou então adormeço e como uma pomba branca, começo a voar!
