Onde estás tu minha princesa?
Hoje acordei juntamente com o sol quando nasceu. Eu andava pela rua, por Lisboa em direcção ao trabalho, com um passo solene cheio de memorias dentro de mim e cheio de saudades que me temperam o amor que eu senti naquele dia por ti. Tenho a esperança que numa destas esquinas te encontro, olho com atenção para todas as pessoas que por mim passam e não te encontro.. Onde estás? Ao menos diz-me onde estás e eu prometo que te vou ver em que me sintas, vou no silêncio dos meus sentimentos que me fazem levitar para onde quer que seja menos para perto de ti porque tu tens que querer que eu te encontre. Onde estás? Procuro-te nestas ruas estreitas e não te encontro. Vejo quase as mesmas pessoas que encontro todos os dias, não te encontro e quero-te sentir, quero-te abraçar e dizer-te que tudo vai ficar bem mesmo que saiba que não vai ficar. É que eu sei que um abraço e uma palavra é a força que precisamos para encarar os problemas de frente e dizer "chega" ao sofrimento. Onde estás? Estou a chegar ao trabalho e não te encontro nesta manhã onde te quero como em todas as outras quando acordo e sei que o que sinto por ti é a verdade explicita do amor que me percorre de mansinho, como uma fininha melancolia que me prende à lembrança daqui que nos fez juntar, a essência do amor
Mas onde estás? Abro a porta do escritório e é sempre a mesma coisa. O meu pensamento percorre o vazio daquela sala até ser hora de sair para te tentar encontrar mais uma vez.
Onde estás minha querida princesa?
António Vieira Da Silva