Eu estou aqui, no meio do caos onde a vida se faz, onde a vida se torna num temporal sem tempo algum, que me faça esquecer do teu olhar, que me faça esquecer de ti. Eu que tanto te sonhei e nunca me esqueci do leve toque da tua mão, quando nos vimos pela primeira vez, eu que tenho vivido num temporal onde passo os dias cantando debaixo de tanta chuva, aquela chuva fininha e dolorida que os olhos deixam cair. Eu por aqui vou num deslumbro soberbo onde quero que tudo me seja (...)
Breves momentos, o silêncio segreda-me e os segredos passam a ser meros fantasmas. Breves momentos e o silêncio é um sinfonia que não mede aquilo que sente e o tempo passa em cada segundo e eu queria voar, eu apenas queria voar, sei que não era bem isto que queria dizer mas que importa? Eu queria voar e estou sentado, preso nesta cadeira de plástico que suporta o meu peso, a mesma cadeira de plástico que me suportava quando era criança de mocidade, mas que importa? Não consigo (...)
As nuvens transformam o céu cinzento, a chuva bate-me no rosto e um cansaço ameno leva-me para longe deste mundo. Palavra soltas que me são trazidas pelo vento, e em sussurro, lentamente dizem-me "Amor, amor, meu amor, não me ames, apesar de te amar, não me ames por favor." E a chuva bate-me no rosto escondendo as lágrimas ardentes que me encurralam para longe deste mundo, longe de ti, longe do meu amor! Digo como te amo! Canto como te amo e nada muda, o céu está cinzento, (...)