Sempre vou lembrar-me da noite em que o meu coração, quase entrou em arritmia, num jogo entre a velocidade maluca e a lentidão de uma câmara lenta, aquela noite em que lá estava eu, com as mãos suadas, com o corpo molhado, não pela chuva que caia nessa altura, mas porque nunca te tinha visto, mas já te tinha sonhado por completo. Lá estava eu naquele bar onde ouvia ruídos por todos os lados e tu nunca mais chegavas. Vou lembrar-me da primeira vez em que te vi através do vidro (...)
As nuvens transformam o céu cinzento, a chuva bate-me no rosto e um cansaço ameno leva-me para longe deste mundo. Palavra soltas que me são trazidas pelo vento, e em sussurro, lentamente dizem-me "Amor, amor, meu amor, não me ames, apesar de te amar, não me ames por favor." E a chuva bate-me no rosto escondendo as lágrimas ardentes que me encurralam para longe deste mundo, longe de ti, longe do meu amor! Digo como te amo! Canto como te amo e nada muda, o céu está cinzento, (...)