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Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Eu, António

Um encontro profundo entre as minhas viagens e a escrita, é o motivo para partilhar o que me faz feliz, com todos vocês.

Um Porto que nunca irei esquecer!

Existem pessoas que nos descobrem por acaso, outras que somos nós que descobrimos por acidente, no entanto, ainda existem pessoas que se encontram uma à outra, e isso não é um acaso, não é um desperdício de tempo para a vida, não é uma singela melodia que nos faz duvidar de todos os nossos sentimentos!
Existem pessoas que passam por nós com a esperança de permanecer, com esperança de que a distância faça sentir saudade, que faça sentir saudade daquela abraço, mesmo que nunca tenha acontecido!
Na minha vida, abraço o mundo, não um mundo qualquer, o teu mundo para ser mais preciso, na minha vida eu beijo-te, não com os lábios, beijo-te com a minha alma que te vai descobrindo a cada dia que passa e tu não estás aqui.
De olhos fechados eu consigo sentir a tua presença, o teu toque, o teu cheiro, a doce e fininha melancolia de uma memoria que nunca existiu, para mim, para nós.
Eu e tu, meros desconhecidos, que se apreciam mutuamente em pensamento, que se abrem um para o outro como se estivessem sós no mundo, pelo menos no meu mundo!
Lembras-te daquele barco no horizonte? O barco que te trouxe para perto de mim mesmo estando atracado, aquele barco que nos fez sentar lado a lado, trocando sorrisos, poucas falas, pouco assunto, poucas memorias daquele dia inesquecível para mim.
Nunca fui capaz de te lembrar desse dia, porque o teu coração estava preso num turbilhão de mentiras, Nunca fui capaz de te dizer mais que um olá, porque o medo de te perder, no sentido mais profundo do termo, era maior que poder todos os dias ver-te, mesmo não te vendo.
O importante é o que o coração consegue ver, mesmo quando não estás comigo!
Existem pessoas que passam por mim e mesmo que o tempo passe, não esqueço o seu cheiro, não esqueço o sorriso delicado, não esqueço sua voz doce que me faz delirar neste meu turbilhão de sentimentos, neste turbilhão de sentimentos que me faz querer abraçar-te sem qualquer esperança, apenas abraçar-te como quem quer cuidar do mundo de alguém.
Abraço o Porto, abraço a chuva daquela dia que nos juntou por acaso, mas não é por acaso que hoje fazes parte de mim, parte da minha vida, parte do meu secreto mundo cheio de amor!

 

António Vieira Da Silva

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